domingo, 23 de março de 2014

Brincadeiras Regionais



UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
Curso de Pedagogia


Araína Lúcia da Silva, Edna Maria Silva,
 Eleusa Aparecida Maciel, Jacylene Tatiane da Silva.



            Escola Estadual “Farnese Maciel”



Projeto: Brincadeiras regionais

  



Projeto apresentado à disciplina EAD 298 Recreação Jogos e Brincadeiras como exigência parcial para conclusão desta etapa do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação Aberta e a Distância.

 
 





Lagamar
Março /2014.











1.INTRODUÇÃO

Durante o estudo dos módulos desta disciplina fomos incentivados por nossa professora Márcia Ambrósio a pensar em formas e projetos inovadores que possam auxiliar e promover aos nossos alunos uma aprendizagem brincante. Deste modo, fomos registrando algumas brincadeiras e ideias que pode nos ajudar no desenvolvimento deste projeto e que possibilite a todas as pessoas envolvidas no ambiente escolar o interesse por atividades brincantes que auxiliem o processo ensino aprendizagem.
Segundo Wajskop a brincadeira infantil constitui-se como uma atividade em que as crianças mesmo que sozinha ou em grupo procuram compreender o mundo e as ações humanas nas quais se inserem no cotidiano e que variam conforme a origem sociocultural. Então, pensamos neste projeto o qual considera que a brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil, pois ao brincar o desenvolvimento infantil pode alcançar níveis mais complexos devido às interações entre os pares numa situação imaginária e pela utilização de regras de convivência e de conteúdos temáticos. Assim, percebemos que a integração entre o trabalho docente e o brincar é um grande desafio, com o qual nós como educadores precisamos nos adequar para proporcionarmos um ensino de qualidade.
Para enriquecer nosso trabalho pesquisamos através de livros, revistas e sites ilustrações de crianças brincando em diferentes espaços e que nos mostram através das expressões faciais e corporais o prazer em praticar atividades lúdicas as quais Leontiev apud Terezinha Vieira nos diz que “a brincadeira infantil é a atividade principal da criança na faixa pré-escolar, porque aí se formam as competências mais importantes para as crianças neste estágio”. Consideramos as brincadeiras como atividades lúdicas que se bem ministradas podem oferecer um ensino significativo onde às crianças se expressam, interagem e procuram compreender o mundo a sua volta.

2. JUSTIFICATIVA

O projeto brincadeiras regionais foi pensado e elaborado tendo em vista a partir de observações realizadas no âmbito escolar durante o período em que fizemos estágio devido à baixa utilização de práticas pedagógicas brincantes e também como requisito parcial de avaliação da disciplina Recreação: Jogos e brincadeiras. Este projeto visa um trabalho de forma lúdica a partir da vivência dos alunos com vista ao estímulo, raciocínio lógico e à criatividade, que auxiliem as crianças no processo de construção da aprendizagem e exploração do mundo, de forma que possa enriquecer experiências de interação através das brincadeiras e desenvolver habilidades pessoais. Desta forma, ele poderá instruir a criança e as outras pessoas envolvidas no contexto escolar a expressar a afetividade, a imaginação, construindo, transformando e desenvolvendo as habilidades criativas e brincantes de cada um.
Acreditamos que essas capacidades podem proporcionar possiblidades para as crianças compreenderem e transformarem melhor a realidade em que vivem a escola e a que faz parte do cotidiano. Assim, as brincadeiras não podem ser vistas apenas como momentos de divertimento e sim como uma maneira de favorecer o desenvolvimento, a interação, o respeito pelo grupo e o cumprimento de regras. As brincadeiras são ferramentas fundamentais que favorecem o domínio das habilidades de comunicação, nas várias formas que proporciona e facilita à auto expressão. Por isso é de suma importância que ele seja desenvolvido em escolas de Ensino Fundamental I. Nesta perspectiva, reconhecemos e consideramos que práticas pedagógicas ligadas ao uso de brincadeiras, podem favorecer as crianças um aprendizado mais dinâmico e significativo por meio do qual os alunos desenvolverão a autonomia, a criatividade e a interação em diferentes situações que possa contribuir para a formação integral do sujeito.
Percebemos que as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidades resultam em um processo lúdico e criativo o que possibilita a construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais. Elas possibilitam ainda o uso de diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas diferentes e conscientes; a organização de ideias, de ações e avaliações do interesse do grupo.
A proposta de trabalho brincadeiras regionais busca apresentar como as crianças podem desenvolver e conhecer mais sobre as brincadeiras lúdicas e se beneficiar delas, fazendo com que desenvolva várias habilidades. Assim, o projeto se justifica pelo uso de métodos tradicionais de ensino como explicações, atividades escritas, desenhos entre outros, e pela crença que muitos professores ainda têm de que com o lúdico, a criança não aprende tão bem como com as atividades antes mencionadas.  Com certeza tais métodos são de suma importância para o processo de ensino aprendizagem, mas muitas vezes a aula se torna monótona e desmotivante, desta forma buscamos propor as brincadeiras como mecanismo que podem trazer válidas contribuições para a aprendizagem, dando a aula um aspecto lúdico, aguçando o interesse das crianças e buscamos ainda contribuir para desmitificar a visão dos docentes sobre a ludicidade, buscando assim mostrar que com o lúdico as crianças têm a oportunidade de aprender bem ou até melhor do que com atividades que se limitam ao uso de livros e cadernos.
Neste sentido no Eixo temático: jogos e brincadeiras apud Leila Pinto (2004) “afirma que o lúdico para quem brinca, é diversão, recreação, brincadeira, brinquedo ou jogo; momento de festa ou de vivenciar com muita animação”. Assim, os estudiosos ressaltam que o lúdico é tudo isso e muito mais, pois constitui um dos fundamentos da cultura e da vida social, sendo necessária a utilização de atividades lúdicas para promover uma educação de qualidade. A vivência lúdica pode nos ensinar e reorganizar a vida e o trabalho, descobrindo neles o prazer, a emoção e as possibilidades de nos enriquecermos com diversificadas experiências culturais regionais.
Portanto, as atividades aqui propostas devem nortear principalmente o desenvolvimento integral do educando e as práticas pedagógicas dos professores para um ensino aprendizagem que possibilite a utilização das brincadeiras de forma que desenvolva um aprendizado significativo e habilidades necessárias na formação humana, pois como diz Kishimoto “ninguém nasce sabendo brincar, que o brincar pressupõe aprendizagem social”.

3.  OBJETIVOS

3.1. GERAIS

• Valorizar a utilização de brincadeiras como ferramenta fundamental no processo ensino aprendizagem, demonstrando como elas podem contribuir para o desenvolvimento de várias habilidades e ensinamentos das crianças na fase escolar.
• Aprender algumas brincadeiras que podem contribuir para a formação integral dos educandos.

3.2. ESPECÍFICOS

Apresentar a todos os envolvidos no ambiente escolar a importância das brincadeiras regionais na vida dos sujeitos;
Sugerir o trabalho com brincadeiras regionais para despertar o interesse das crianças;
Demonstrar a importância das brincadeiras regionais no cotidiano escolar para o desenvolvimento social das crianças;
Identificar as brincadeiras regionais que fazem parte da realidade sociocultural.

4. METODOLOGIA

O projeto brincadeiras regionais parte da ideia de que o trabalho com brincadeiras pode desenvolver habilidades fundamentais no desenvolvimento humano e facilitar novas aprendizagens uma vez que o lúdico está sempre presente nestas situações, onde as crianças possuem grande interesse em participar.
Os métodos adotados para realizar este projeto foram através de registro de ideias e reunião para definirmos o tema e discutir a estruturação do trabalho, pesquisa e produção individual, socialização das mesmas e por fim discussão coletiva e crítica para a finalização do projeto. Estas atividades deverão situar no decorrer do ano letivo e como atividades interdisciplinares que poderão ser trabalhadas em todos os conteúdos da grade curricular.
Este projeto será desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental do turno vespertino e matutino da Escola Estadual Farnese Maciel de Presidente Olegário Minas Gerais sob a permissão da Diretora Escolar Nilda e pelas professoras regentes das turmas.
As pessoas envolvidas neste projeto são todas as pessoas envolvidas no âmbito escolar como (professores, a diretora escolar, as supervisoras e os próprios alunos).
Para o desenvolvimento do projeto brincadeiras regionais o professor deverá desenvolver o conteúdo com caráter lúdico preservando o real sentido das brincadeiras e os conhecimentos prévios dos alunos. Assim, num primeiro momento, ou para introduzir o projeto o professor deverá planejar brincadeiras que garanta o divertimento sem que haja pressão na participação dos alunos. Essa apresentação deverá ocorrer em um ambiente agradável e aconchegante na sala de aula, no pátio ou quadra esportiva do bairro, para que os alunos possam sentir à vontade e que as pessoas envolvidas leve em consideração os conhecimentos prévios dos alunos.
Como o projeto é de brincadeiras regionais é possível ser trabalhado em todas as disciplinas de Educação-física, Ciências, Artes, Português, Matemática, História e Geografia, etc. Deste modo, as brincadeiras devem ser adaptadas ao conteúdo que será estudado.
Os materiais necessários para o desenvolvimento do projeto são incialmente as orientações das brincadeiras depois de serem escolhidos, sacos, anel, objetos variados, chocalho e pano.
Apresentamos a seguir algumas brincadeiras regionais que podem contribuir para uma ação pedagógica significativa no desenvolvimento das habilidades da formação do sujeito. Mas, vale ressaltar que cabe ao professor selecionar qual o tipo de brincadeira será mais adequado a cada faixa etária, mantendo sempre um cuidado especial quanto à segurança da criança preservando a integridade física e respeitando o seu desejo de participar ou não da brincadeira. Lembramos ainda que cada brincadeira pode ser adaptada de acordo com o conteúdo a ser trabalho, criando novas regras de acordo como o objetivo proposto. Assim sendo, ideias lúdicas são de grande valia para uma educação de qualidade onde possa contribuir para a formação de nossas crianças na fase escolar, considerando-os como a sujeitos mais importantes a que devemos pensar.

5. SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS

5.1. CORRIDA DO SACO

Discutir a brincadeira (falar as instruções e tirar as dúvidas existentes com o professor).
organizar a turma em equipes com o mesmo número de elementos;
marcar um campo de uns dez metros da linha de saída até a linha de chegada;
Cada criança vai tentar percorrer esse caminho, correndo num saco, sem cair;
Ganha a equipe que conseguir fazer o trajeto no menor período de tempo.
Este tipo de brincadeira estimula as habilidades de coordenação, equilíbrio, atenção e também a introdução de conteúdo matemático acrescentado um número de pontos àqueles que conseguirem concluir e noções de tempo, etc.

5.2. ABRAÇOS

Discutir a brincadeira. Todos devem ficar atentos às ordens para formar os grupos:
abraços de dois;
abraços de três;
abraços de quatro;
abraços de cinco, de seis, de sete, de oito, de nove, etc.
Estabelecer regras:
não empurrar o colega que já este no grupo;
quem ficar fora dos grupos em algum momento não está eliminado dos grupos e deverá aguardar a formação de novos grupos;
Este tipo de brincadeira possibilita o trabalho com conceitos matemático onde estimula a atenção e raciocínio e também a valorização do ser humano e a inclusão.

5.3. PASSA ANEL


Discutir a brincadeira, passar as instruções e formar grupos de cinco ou mais.
Instruções: Faz um sorteio para escolher quem começará a passar o anel. Nas outras rodadas quem acertar com quem está o anel é que será quem vai passar o anel. Todos devem ficar com as mãos fechados. O passador de anel deverá dizer quando estiver passando por cada participante: “___ Guarda meu anel bem guardadinho”. Depois deixa o anel na mão de alguém sem que os outros percebam e pergunta para um colega: ___ Com quem está o anel? Se a pessoa errar, quem recebeu o anel é que será o novo passador. Continua a brincadeira até que todos sejam passadores.
Esta brincadeira estimula a imaginação, criatividade, atenção e a coordenação motora.

5.4. CHICOTINHO QUEIMADO


A professora esconde qualquer objeto, não muito pequeno que será um “chicotinho queimado”. Geralmente as crianças gostam de esconder uma varinha.
Preparação: Através de sorteio afastar uma criança do grupo, pedi-la que saia da sala ou vire de costas.
Desenvolvimento: Esconde-se o objeto do jogador afastado. Posteriormente, o jogador é chamado para procurar o objeto onde será guiado pelos companheiros que vão contando ou batendo palmas. Quando o jogador aproximar do objeto escondido os sons são mais fortes ou diz que está muito quente, quando se afastar do objeto os sons são mais fracos ou diz que está esfriando. A intensidade das palmas é relativa à distância que o jogador está do objeto. Se o jogador encontrar o objeto, ganha palmas e destaca um colega para substituí-lo. Se não encontrar o objeto fará um sorteio para escolher um novo jogador.
Esta brincadeira possui outras variedades pelas crianças ao ar livre, quando o objeto escondido é uma varinha. O que encontrar a varinha corre atrás dos companheiros e o que for alcançado irá adivinhar a próxima vez.
Esta brincadeira estimula a atenção, criatividade, linguagem, memória, coordenação motora, agilidade e socialização.

5.5. ONDE ESTÁ O CHOCALHO?
Material: providenciar um chocalho e um pano para vendar os olhos.
Preparação: as crianças formam uma roda e através de sorteio escolhe quem ficará no meio da roda de olhos vendados.
Desenvolvimento: A professora entrega o chocalho, sem fazer ruído a uma criança da roda. Esta criança escolhida começa a agitá-lo, enquanto a criança do centro da roda, de olhos vendados e guiada pelo som do chocalho deve descobrir o colega que tem o chocalho. Se acertar recebe palmas e escolhe um companheiro para substituí-lo. Se errar o grupo escolhe quem será o novo jogador.
Esta brincadeira estimula a atenção, linguagem, memória, coordenação motora, agilidade, socialização e os sentidos sensoriais.

5.6. MICO SABIDO




Preparação: As crianças sentam-se em semicírculo. Através de consenso ou sorteio escolhe uma criança para iniciar a brincadeira.
Desenvolvimento: Para começar a brincadeira a criança indicada levanta-se, toca um objeto da sala ou no local onde estiver e volta a sentar, imediatamente a sua vizinha da direita deve levantar e tocar o mesmo objeto tocado pelo colega e em seguida por a mão em outro objeto, para só então voltar ao seu lugar. Levanta-se uma terceira criança para tocar os dois objetos e mais outro objeto a sua escolha e assim por diante. Quando uma criança erra o jogo é reiniciado por sua vizinha que deve procurar outros objetos diferentes.
Esta brincadeira estimula a atenção, linguagem, memória e socialização.

5.7. COBRA CEGA

Levar todas as crianças para o pátio da escola ou outro local livre. Escolhe quem será a “cobra cega”. Posteriormente amarre um lenço na cabeça da criança cobrindo os olhos. Em seguida os companheiros vão perguntando à criança que está com os olhos vendados a qual vai respondendo:
___ Cobra cega, de onde você veio?
___ Vim da serra.
___ O que você tem para vender?
___ Tenho cravo e canela.
___ Quer me dar um pouquinho?
___ Quero não.
___ Então vai se embora!
Nesse momento a criança de olhos vendados, vai tentar pegar um de seus colegas e a que ela pegar vai ser a nova cobra cega.
Esta brincadeira estimula a socialização, o condicionamento físico, a linguagem oral, a agilidade, atenção e noção de espaço.

5.8. CORRE COTIA


Convida todas as crianças para sentar no chão em forma de um círculo. Todas devem permanecer de costas e sem olhar para trás, uma criança escolhida passará com um objeto qualquer (pode ser um chinelo, um lencinho, etc.) cantando:
“Corre cotia
De noite e de dia
Tropeça na sala
E cai na cozinha
Corre, cipó
Na casa da avó.
Lencinho na mão,
Caiu no chão.
Moça bonita
Do meu coração”.

E discretamente deverá deixar o lencinho ou objeto atrás de uma determinada criança. Posteriormente continua andando e cantando ao redor da roda. Se a criança ver que o chinelo foi deixado para ela, levanta e sai correndo atrás do colega para tentar pegá-lo, mas se o colega for esperto deverá correr e sentar no lugar do colega que levantou. Caso a criança não vê que o lencinho ou outro objeto foi deixado atrás o jogador deverá pegá-lo novamente e gritar: ___ Chocou!!!!
E a criança que não viu o objeto deverá levantar e tentar pegar o objeto na mão do jogador. Se não conseguir irá para o centro da roda como galinha choca. A brincadeira continua até todos participarem da brincadeira.
Esta brincadeira estimula a socialização, o condicionamento físico, a agilidade e atenção.

5.9. SEU RATINHO

Os alunos colocados em círculo de mãos dadas vão girando. Fora do círculo, o pegador inicia o diálogo:
___ Seu ratinho está em casa?
___ Não.
___ A que horas voltará?
___ Às doze horas.
___ Que horas são?
___ Uma hora.
___ Que horas são?
___ Duas horas. E assim sucessivamente até às doze horas.
Nesse momento, todos correm perseguidos pelo pegador. O que for apanhado será o novo jogador.
Esta brincadeira estimula a atenção, o equilíbrio, velocidade, coordenação motora, agilidade e noções de tempo.

5.10. BOCA DE FORNO
Brincadeiras do Nordeste: Boca de forno. Foto: Danny Yin

Os alunos dispostos em um círculo de mãos dadas, vão girando. Fora do círculo o pegador (mestre) inicia o diálogo:
 ___ Boca de forno!
___ Forno!
___ Assar bolo!
___ Bolo!
___ Farão tudo que o mestre mandar?
___ Faremos todos com muito gosto!
Neste momento o mestre dará ordens que serão executadas por todos.
Exemplos: dar um passo à frente, dar um passo para trás, saltar num pé só, saltar com os dois pés, erguer os braços, dançar, imitar um animal, etc.
Esta brincadeira estimula a atenção, o equilíbrio, coordenação motora, agilidade e a linguagem oral.

6. AVALIAÇÃO DO PROJETO

A avaliação do projeto será realizada de forma contínua e sistemática durante todo o ano escolar, mediante observações e acompanhamento das brincadeiras realizadas, considerando as aptidões e individualidades de cada criança. Assim, será realizada com base nos registros feitos ao longo do projeto, que fará parte do relatório final das brincadeiras desenvolvidas. Deste modo, o erro do aluno não será desconsiderado e nem levará a exclusão da criança das brincadeiras, mas servirá de ponto de partida para novas orientações, a reestruturação de novas brincadeiras e novos aprendizados. Esta avaliação é formativa a qual permite ao próprio aluno olhar de forma crítica aquilo que faz tomando consciência do processo de ensino aprendizagem e do resultado obtido procurando melhorar a eficácia de sua ação. Portanto, a avaliação deve ser entendida como um elemento a serviço das aprendizagens a qual possibilita compreender a situação dos estudantes equacionando o seu desempenho de forma a fazer o aluno prosseguir e não retroceder. A finalização do projeto culminará com a exposição, apresentação de várias brincadeiras regionais e a avaliação com alunos, professores e coordenação e direção de como transcorreu o ensino aprendizagem dos alunos no decorrer do ano com a utilização de brincadeiras.

7. AVALIAÇÃO DO TRABALHO POR PARTE DO GRUPO

Com o desenvolvimento do projeto foi possível à integração e compartilhamento de informações e experiências de brincadeiras vividas pelo grupo que atualmente já estavam muito vagas em nossas lembranças onde oportunizou exercitar o nosso espírito crítico e reflexivo sobre a importância de resgatar brincadeiras regionais como prática pedagógica no processo de ensino-aprendizagem das crianças, bem como, estimulou o desejo de guardar com carinho este projeto para possível utilização em nossas práticas educacionais para que tornem nossas aulas mais dinâmicas e lúdicas. Neste sentido “a autoconsciência é o processo que pode levar a mudanças, pois pode provocar a reflexão da ação” (REZENDE, 2010, p. 252).
Para a construção deste webfólio, todas nós integrantes do grupo demos nossas contribuições de forma a enriquecer este trabalho, onde foi possível a troca de ideias e reflexão a cerca do mesmo; fizemos pesquisas em nossos arquivos pessoais, na internet e utilizamos também os materiais disponibilizados na Disciplina Recreação: jogos e brincadeiras, ou seja, procuramos vários materiais de apoio que pudesse nos fornecer informações relevantes para o embasamento teórico a respeito do tema que escolhemos. Por isso consideramos que atuamos como estudantes investigativos e reflexivos onde pudemos fazer pesquisas e discutir o desenvolvimento do mesmo. “Práticas essas que provocaram a curiosidade, a investigação, a sistematização dos conhecimentos produzidos por uma ação participativa dos sujeitos aprendentes” (REZENDE, 2010, p. 253).
Como futuros educadores, consideramos que depois dos conhecimentos construídos durante o curso de pedagogia da UFOP, das aulas presenciais e dinâmicas ministradas pela professora Márcias Ambrósio e do desenvolvimento deste projeto somos capazes de desempenharmos nossas funções com ética e responsabilidade, através de um olhar inovador sob a prática pedagógica.  Contudo, reconhecemos que é necessário estarmos sempre inovando para não ficarmos presas no tempo e poder acompanhar as novas mudanças educacionais. “É preciso efetivar para construção de uma nova prática didática que seja de fato inovadora” (REZENDE, 2010, p. 257)
A disciplina “Recreação: jogos e brincadeiras” foi de grande valia para nossa formação a qual proporcionou uma aprendizagem significativa com a utilização das brincadeiras para educar nossas crianças e o quanto são importantes no desenvolvimento de várias habilidades necessárias na formação das crianças na fase escolar. Assim, como estudantes consideramos que ainda precisamos desenvolver o dom de utilizar as brincadeiras para tornarmos futuros professores investigativos e reflexivos com aulas brincantes que possam contagiar nossos alunos com novas formas de ensinar.
Na finalização do projeto pudemos fazer uma análise crítica em relação ao mesmo o qual proporcionou reativar nossa memória em relação às brincadeiras regionais e o quanto elas contribuíram para a nossa formação. Percebemos ainda através deste trabalho o quanto foi importante às contribuições de cada uma das integrantes do grupo através da cooperação, troca de ideias e respeito às ideias que foram surgindo. Houve empenho por parte de todas e muita colaboração para chegarmos ao resultado esperado e cumprir com o que foi solicitado.
Para melhor consolidar nossas ideias usamos embasamento teórico o que cooperou muito na construção do projeto tornando-o enriquecedor e atrativo que poderá contribuir com válidos ensinamentos.
Na produção do presente projeto não tivemos problemas ou o que consideramos desafios, pois devido a todas morar na mesma cidade foi possível os encontros para troca de ideias. Mesmo assim, uma grande possibilidade que podemos citar é o uso das tecnologias digitais para troca de informações como ligações, email e mensagens via celular que colaborou muito na construção do projeto. Portanto, esperamos que, com nosso projeto os professores poderão ter um novo olhar para a utilização de brincadeiras em sala de aula, pois o construímos com muito carinho e dedicação com o intuito de partilhar informações, mostrar como as brincadeiras proporcionam momentos de trocas e aprendizagens significativas, apresentar sugestões de brincadeiras, trocas de experiências entre educadores e pessoas interessadas neste assunto tão relevante para o desenvolvimento cognitivo e físico das crianças que vem tornando destaque em discursos educacionais. Portanto, com este trabalho reforçamos a ideia de que somos seres capazes de aprender a aprender, a fazer, a serem cada vez mais criativos, reflexivos, investigativos na construção de novos conhecimentos.  Fechamos a nossa avaliação com uma frase citada por Rezende (2010) em sua tese de doutorado onde diz que “lançou-se uma semente no solo fértil. Agora, resta-nos dar tempo ao tempo e colher os frutos dessa plantação”.


7. REFERÊNCIAS:


EIXO Temático: jogos e brincadeiras. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/minicursos/ed_%20fisica_ef/cap_eixoIII.htm. Acesso em março de 2014.


KISHIMOTO*, Tizuko Morchida; ONO, Andréia Tiemi**. Brinquedo, gênero e educação na brinquedoteca. Pro-Posições, v. 19, n. 3 (57) – set/dez. 2008.


REZENDE, Márcia Ambrósio Rodrigues. A relação pedagógica e a avaliação no espelho do portfólio: memórias docente e discente.  2010, p. 249-261.


VIEIRA, Terezinha. As Linguagens e a Construção do Conhecimento¹.


WAJSKOP, Gisela. O Brincar na Educação Infantil. Cad. Pesq., São Paulo, n.92, p.62-69, fev. 1995.


SITES






















http://www.sempretops.com/diversao/brincadeiras-antigas/

Publicado por Araina Lúcia da Silva

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