UNIVERSIDADE
FEDERAL DE OURO PRETO
CENTRO
DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
Curso de Pedagogia
Araína Lúcia da Silva, Edna Maria Silva,
Eleusa Aparecida Maciel, Jacylene Tatiane da
Silva.
Escola
Estadual “Farnese Maciel”
Projeto:
Brincadeiras regionais
|
Lagamar
Março /2014.
Durante o estudo dos módulos
desta disciplina fomos incentivados por nossa professora Márcia Ambrósio a
pensar em formas e projetos inovadores que possam auxiliar e promover aos
nossos alunos uma aprendizagem brincante. Deste modo, fomos registrando algumas
brincadeiras e ideias que pode nos ajudar no desenvolvimento deste projeto e
que possibilite a todas as pessoas envolvidas no ambiente escolar o interesse
por atividades brincantes que auxiliem o processo ensino aprendizagem.
Segundo Wajskop a
brincadeira infantil constitui-se como uma atividade em que as crianças mesmo
que sozinha ou em grupo procuram compreender o mundo e as ações humanas nas
quais se inserem no cotidiano e que variam conforme a origem sociocultural.
Então, pensamos neste projeto o qual considera que a brincadeira é uma situação
privilegiada de aprendizagem infantil, pois ao brincar o desenvolvimento
infantil pode alcançar níveis mais complexos devido às interações entre os
pares numa situação imaginária e pela utilização de regras de convivência e de
conteúdos temáticos. Assim, percebemos que a integração entre o trabalho
docente e o brincar é um grande desafio, com o qual nós como educadores
precisamos nos adequar para proporcionarmos um ensino de qualidade.
Para enriquecer nosso
trabalho pesquisamos através de livros, revistas e sites ilustrações de
crianças brincando em diferentes espaços e que nos mostram através das
expressões faciais e corporais o prazer em praticar atividades lúdicas as quais
Leontiev apud Terezinha Vieira nos diz que “a brincadeira infantil é a
atividade principal da criança na faixa pré-escolar, porque aí se formam as
competências mais importantes para as crianças neste estágio”. Consideramos as
brincadeiras como atividades lúdicas que se bem ministradas podem oferecer um
ensino significativo onde às crianças se expressam, interagem e procuram
compreender o mundo a sua volta.
2.
JUSTIFICATIVA
O
projeto brincadeiras regionais foi pensado e elaborado tendo em vista a partir
de observações realizadas no âmbito escolar durante o período em que fizemos
estágio devido à baixa utilização de práticas pedagógicas brincantes e também
como requisito parcial de avaliação da disciplina Recreação: Jogos e
brincadeiras. Este projeto visa um trabalho de forma lúdica a partir da
vivência dos alunos com vista ao estímulo, raciocínio lógico e à criatividade,
que auxiliem as crianças no processo de construção da aprendizagem e exploração
do mundo, de forma que possa enriquecer experiências de interação através das
brincadeiras e desenvolver habilidades pessoais. Desta forma, ele poderá
instruir a criança e as outras pessoas envolvidas no contexto escolar a expressar
a afetividade, a imaginação, construindo, transformando e desenvolvendo as
habilidades criativas e brincantes de cada um.
Acreditamos
que essas capacidades podem proporcionar possiblidades para as crianças
compreenderem e transformarem melhor a realidade em que vivem a escola e a que
faz parte do cotidiano. Assim, as brincadeiras não podem ser vistas apenas como
momentos de divertimento e sim como uma maneira de favorecer o desenvolvimento,
a interação, o respeito pelo grupo e o cumprimento de regras. As brincadeiras
são ferramentas fundamentais que favorecem o domínio das habilidades de
comunicação, nas várias formas que proporciona e facilita à auto expressão. Por
isso é de suma importância que ele seja desenvolvido em escolas de Ensino
Fundamental I. Nesta perspectiva, reconhecemos e consideramos que práticas
pedagógicas ligadas ao uso de brincadeiras, podem favorecer as crianças um
aprendizado mais dinâmico e significativo por meio do qual os alunos
desenvolverão a autonomia, a criatividade e a interação em diferentes situações
que possa contribuir para a formação integral do sujeito.
Percebemos
que as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidades resultam
em um processo lúdico e criativo o que possibilita a construção de regras,
diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências
culturais. Elas possibilitam ainda o uso de diferentes linguagens verbais e não
verbais, o uso do corpo de formas diferentes e conscientes; a organização de
ideias, de ações e avaliações do interesse do grupo.
A
proposta de trabalho brincadeiras regionais busca apresentar como as crianças
podem desenvolver e conhecer mais sobre as brincadeiras lúdicas e se beneficiar
delas, fazendo com que desenvolva várias habilidades. Assim, o projeto se
justifica pelo uso de métodos tradicionais de ensino como explicações,
atividades escritas, desenhos entre outros, e pela crença que muitos
professores ainda têm de que com o lúdico, a criança não aprende tão bem como
com as atividades antes mencionadas. Com
certeza tais métodos são de suma importância para o processo de ensino
aprendizagem, mas muitas vezes a aula se torna monótona e desmotivante, desta
forma buscamos propor as brincadeiras como mecanismo que podem trazer válidas
contribuições para a aprendizagem, dando a aula um aspecto lúdico, aguçando o
interesse das crianças e buscamos ainda contribuir para desmitificar a visão
dos docentes sobre a ludicidade, buscando assim mostrar que com o lúdico as
crianças têm a oportunidade de aprender bem ou até melhor do que com atividades
que se limitam ao uso de livros e cadernos.
Neste sentido no Eixo temático: jogos
e brincadeiras apud Leila Pinto (2004) “afirma que o lúdico para quem brinca, é
diversão, recreação, brincadeira, brinquedo ou jogo; momento de festa ou de
vivenciar com muita animação”. Assim, os estudiosos ressaltam que o lúdico é
tudo isso e muito mais, pois constitui um dos fundamentos da cultura e da vida
social, sendo necessária a utilização de atividades lúdicas para promover uma
educação de qualidade. A vivência lúdica pode nos ensinar e reorganizar a vida
e o trabalho, descobrindo neles o prazer, a emoção e as possibilidades de nos
enriquecermos com diversificadas experiências culturais regionais.
Portanto, as
atividades aqui propostas devem nortear principalmente o desenvolvimento
integral do educando e as práticas pedagógicas dos professores para um ensino
aprendizagem que possibilite a utilização das brincadeiras de forma que
desenvolva um aprendizado significativo e habilidades necessárias na formação
humana, pois como diz Kishimoto “ninguém nasce sabendo brincar, que o brincar
pressupõe aprendizagem social”.
3. OBJETIVOS
3.1.
GERAIS
•
Valorizar a utilização de brincadeiras como ferramenta fundamental no processo
ensino aprendizagem, demonstrando como elas podem contribuir para o
desenvolvimento de várias habilidades e ensinamentos das crianças na fase
escolar.
•
Aprender algumas brincadeiras que podem contribuir para a formação integral dos
educandos.
3.2.
ESPECÍFICOS
• Apresentar a todos os envolvidos no
ambiente escolar a importância das brincadeiras regionais na vida dos sujeitos;
• Sugerir o trabalho com brincadeiras
regionais para despertar o interesse das crianças;
• Demonstrar a importância das
brincadeiras regionais no cotidiano escolar para o desenvolvimento social das
crianças;
• Identificar as brincadeiras regionais
que fazem parte da realidade sociocultural.
4.
METODOLOGIA
O
projeto brincadeiras regionais parte da ideia de que o trabalho com brincadeiras
pode desenvolver habilidades fundamentais no desenvolvimento humano e facilitar
novas aprendizagens uma vez que o lúdico está sempre presente nestas situações,
onde as crianças possuem grande interesse em participar.
Os
métodos adotados para realizar este projeto foram através de registro de ideias
e reunião para definirmos o tema e discutir a estruturação do trabalho,
pesquisa e produção individual, socialização das mesmas e por fim discussão
coletiva e crítica para a finalização do projeto. Estas atividades deverão
situar no decorrer do ano letivo e como atividades interdisciplinares que
poderão ser trabalhadas em todos os conteúdos da grade curricular.
Este
projeto será desenvolvido nas turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental do
turno vespertino e matutino da Escola Estadual Farnese Maciel de Presidente
Olegário Minas Gerais sob a permissão da Diretora Escolar Nilda e pelas professoras
regentes das turmas.
As
pessoas envolvidas neste projeto são todas as pessoas envolvidas no âmbito
escolar como (professores, a diretora escolar, as supervisoras e os próprios
alunos).
Para
o desenvolvimento do projeto brincadeiras regionais o professor deverá
desenvolver o conteúdo com caráter lúdico preservando o real sentido das
brincadeiras e os conhecimentos prévios dos alunos. Assim, num primeiro
momento, ou para introduzir o projeto o professor deverá planejar brincadeiras que
garanta o divertimento sem que haja pressão na participação dos alunos. Essa apresentação
deverá ocorrer em um ambiente agradável e aconchegante na sala de aula, no
pátio ou quadra esportiva do bairro, para que os alunos possam sentir à vontade
e que as pessoas envolvidas leve em consideração os conhecimentos prévios dos alunos.
Como
o projeto é de brincadeiras regionais é possível ser trabalhado em todas as disciplinas
de Educação-física, Ciências, Artes, Português, Matemática, História e
Geografia, etc. Deste modo, as brincadeiras devem ser adaptadas ao conteúdo que
será estudado.
Os
materiais necessários para o desenvolvimento do projeto são incialmente as
orientações das brincadeiras depois de serem escolhidos, sacos, anel, objetos
variados, chocalho e pano.
Apresentamos
a seguir algumas brincadeiras regionais que podem contribuir para uma ação
pedagógica significativa no desenvolvimento das habilidades da formação do
sujeito. Mas, vale ressaltar que cabe ao professor selecionar qual o tipo de
brincadeira será mais adequado a cada faixa etária, mantendo sempre um cuidado
especial quanto à segurança da criança preservando a integridade física e
respeitando o seu desejo de participar ou não da brincadeira. Lembramos ainda
que cada brincadeira pode ser adaptada de acordo com o conteúdo a ser trabalho,
criando novas regras de acordo como o objetivo proposto. Assim sendo, ideias
lúdicas são de grande valia para uma educação de qualidade onde possa
contribuir para a formação de nossas crianças na fase escolar, considerando-os
como a sujeitos mais importantes a que devemos pensar.
5.
SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS
5.1.
CORRIDA DO SACO

Discutir
a brincadeira (falar as instruções e tirar as dúvidas existentes com o
professor).
• organizar a turma em equipes com o
mesmo número de elementos;
• marcar um campo de uns dez metros da
linha de saída até a linha de chegada;
• Cada criança vai tentar percorrer esse
caminho, correndo num saco, sem cair;
• Ganha a equipe que conseguir fazer o
trajeto no menor período de tempo.
Este
tipo de brincadeira estimula as habilidades de coordenação, equilíbrio, atenção
e também a introdução de conteúdo matemático acrescentado um número de pontos
àqueles que conseguirem concluir e noções de tempo, etc.
5.2.
ABRAÇOS

Discutir
a brincadeira. Todos devem ficar atentos às ordens para formar os grupos:
• abraços de dois;
• abraços de três;
• abraços de quatro;
• abraços de cinco, de seis, de sete, de
oito, de nove, etc.
Estabelecer
regras:
• não empurrar o colega que já
este no grupo;
• quem ficar fora dos grupos em algum
momento não está eliminado dos grupos e deverá aguardar a formação de novos
grupos;
Este
tipo de brincadeira possibilita o trabalho com conceitos matemático onde
estimula a atenção e raciocínio e também a valorização do ser humano e a
inclusão.
5.3.
PASSA ANEL

Discutir a brincadeira,
passar as instruções e formar grupos de cinco ou mais.
Instruções:
Faz um sorteio para escolher quem começará a passar o anel. Nas outras rodadas
quem acertar com quem está o anel é que será quem vai passar o anel. Todos
devem ficar com as mãos fechados. O passador de anel deverá dizer quando
estiver passando por cada participante: “___ Guarda meu anel bem guardadinho”.
Depois deixa o anel na mão de alguém sem que os outros percebam e pergunta para
um colega: ___ Com quem está o anel? Se a pessoa errar, quem recebeu o anel é
que será o novo passador. Continua a brincadeira até que todos sejam
passadores.
Esta brincadeira estimula a
imaginação, criatividade, atenção e a coordenação motora.
5.4.
CHICOTINHO QUEIMADO

A professora esconde
qualquer objeto, não muito pequeno que será um “chicotinho queimado”.
Geralmente as crianças gostam de esconder uma varinha.
Preparação: Através de
sorteio afastar uma criança do grupo, pedi-la que saia da sala ou vire de
costas.
Desenvolvimento: Esconde-se
o objeto do jogador afastado. Posteriormente, o jogador é chamado para procurar
o objeto onde será guiado pelos companheiros que vão contando ou batendo
palmas. Quando o jogador aproximar do objeto escondido os sons são mais fortes
ou diz que está muito quente, quando se afastar do objeto os sons são mais
fracos ou diz que está esfriando. A intensidade das palmas é relativa à
distância que o jogador está do objeto. Se o jogador encontrar o objeto, ganha
palmas e destaca um colega para substituí-lo. Se não encontrar o objeto fará um
sorteio para escolher um novo jogador.
Esta brincadeira possui
outras variedades pelas crianças ao ar livre, quando o objeto escondido é uma
varinha. O que encontrar a varinha corre atrás dos companheiros e o que for alcançado
irá adivinhar a próxima vez.
Esta brincadeira estimula a
atenção, criatividade, linguagem, memória, coordenação motora,
agilidade e socialização.
5.5.
ONDE ESTÁ O CHOCALHO?

Material: providenciar um
chocalho e um pano para vendar os olhos.
Preparação: as crianças formam uma roda e
através de sorteio escolhe quem ficará no meio da roda de olhos vendados.
Desenvolvimento: A professora entrega o
chocalho, sem fazer ruído a uma criança da roda. Esta criança escolhida começa
a agitá-lo, enquanto a criança do centro da roda, de olhos vendados e guiada
pelo som do chocalho deve descobrir o colega que tem o chocalho. Se acertar recebe
palmas e escolhe um companheiro para substituí-lo. Se errar o grupo escolhe
quem será o novo jogador.
Esta brincadeira estimula a
atenção, linguagem, memória, coordenação motora, agilidade, socialização e os
sentidos sensoriais.
5.6.
MICO SABIDO

Preparação: As crianças
sentam-se em semicírculo. Através de consenso ou sorteio escolhe uma criança
para iniciar a brincadeira.
Desenvolvimento: Para
começar a brincadeira a criança indicada levanta-se, toca um objeto da sala ou
no local onde estiver e volta a sentar, imediatamente a sua vizinha da direita
deve levantar e tocar o mesmo objeto tocado pelo colega e em seguida por a mão
em outro objeto, para só então voltar ao seu lugar. Levanta-se uma terceira
criança para tocar os dois objetos e mais outro objeto a sua escolha e assim
por diante. Quando uma criança erra o jogo é reiniciado por sua vizinha que
deve procurar outros objetos diferentes.
Esta brincadeira estimula a
atenção, linguagem, memória e socialização.
5.7.
COBRA CEGA

Levar todas as crianças para
o pátio da escola ou outro local livre. Escolhe quem será a “cobra cega”.
Posteriormente amarre um lenço na cabeça da criança cobrindo os olhos. Em
seguida os companheiros vão perguntando à criança que está com os olhos
vendados a qual vai respondendo:
___ Cobra cega, de onde você
veio?
___ Vim da serra.
___ O que você tem para
vender?
___ Tenho cravo e canela.
___ Quer me dar um
pouquinho?
___ Quero não.
___ Então vai se embora!
Nesse momento a criança de
olhos vendados, vai tentar pegar um de seus colegas e a que ela pegar vai ser a
nova cobra cega.
Esta brincadeira estimula a socialização, o
condicionamento físico, a linguagem oral, a agilidade, atenção e noção de
espaço.
5.8.
CORRE COTIA

Convida todas as crianças
para sentar no chão em forma de um círculo. Todas devem permanecer de costas e
sem olhar para trás, uma criança escolhida passará com um objeto qualquer (pode
ser um chinelo, um lencinho, etc.) cantando:
“Corre cotia
De noite e de dia
Tropeça na sala
E cai na cozinha
Corre, cipó
Na casa da avó.
Lencinho na mão,
Caiu no chão.
Moça bonita
Do meu coração”.
E discretamente deverá
deixar o lencinho ou objeto atrás de uma determinada criança. Posteriormente
continua andando e cantando ao redor da roda. Se a criança ver que o chinelo
foi deixado para ela, levanta e sai correndo atrás do colega para tentar
pegá-lo, mas se o colega for esperto deverá correr e sentar no lugar do colega
que levantou. Caso a criança não vê que o lencinho ou outro objeto foi deixado
atrás o jogador deverá pegá-lo novamente e gritar: ___ Chocou!!!!
E a criança que não viu o
objeto deverá levantar e tentar pegar o objeto na mão do jogador. Se não
conseguir irá para o centro da roda como galinha choca. A brincadeira continua
até todos participarem da brincadeira.
Esta brincadeira estimula a
socialização, o condicionamento físico, a agilidade e atenção.
5.9.
SEU RATINHO

Os alunos colocados em círculo
de mãos dadas vão girando. Fora do círculo, o pegador inicia o diálogo:
___ Seu ratinho está em
casa?
___ Não.
___ A que horas voltará?
___ Às doze horas.
___ Que horas são?
___ Uma hora.
___ Que horas são?
___ Duas horas. E assim
sucessivamente até às doze horas.
Nesse momento, todos correm
perseguidos pelo pegador. O que for apanhado será o novo jogador.
Esta brincadeira estimula a atenção, o
equilíbrio, velocidade, coordenação motora, agilidade e noções de tempo.
5.10. BOCA DE FORNO

Os alunos dispostos em um círculo de mãos
dadas, vão girando. Fora do círculo o pegador (mestre) inicia o diálogo:
___
Boca de forno!
___ Forno!
___ Assar bolo!
___ Bolo!
___ Farão tudo que o mestre mandar?
___ Faremos todos com muito gosto!
Neste momento o mestre dará ordens que serão
executadas por todos.
Exemplos: dar um passo à frente, dar um passo
para trás, saltar num pé só, saltar com os dois pés, erguer os braços, dançar,
imitar um animal, etc.
Esta brincadeira estimula a atenção, o
equilíbrio, coordenação motora, agilidade e a linguagem oral.
6.
AVALIAÇÃO DO PROJETO
A
avaliação do projeto será realizada de forma contínua e sistemática durante
todo o ano escolar, mediante observações e acompanhamento das brincadeiras
realizadas, considerando as aptidões e individualidades de cada criança. Assim,
será realizada com base nos registros feitos ao longo do projeto, que fará
parte do relatório final das brincadeiras desenvolvidas. Deste modo, o erro do
aluno não será desconsiderado e nem levará a exclusão da criança das
brincadeiras, mas servirá de ponto de partida para novas orientações, a
reestruturação de novas brincadeiras e novos aprendizados. Esta avaliação é
formativa a qual permite ao próprio aluno olhar de forma crítica aquilo que faz
tomando consciência do processo de ensino aprendizagem e do resultado obtido
procurando melhorar a eficácia de sua ação. Portanto, a avaliação deve ser
entendida como um elemento a serviço das aprendizagens a qual possibilita
compreender a situação dos estudantes equacionando o seu desempenho de forma a
fazer o aluno prosseguir e não retroceder. A finalização do projeto culminará
com a exposição, apresentação de várias brincadeiras regionais e a avaliação
com alunos, professores e coordenação e direção de como transcorreu o ensino
aprendizagem dos alunos no decorrer do ano com a utilização de brincadeiras.
7.
AVALIAÇÃO DO TRABALHO POR PARTE DO GRUPO
Com
o desenvolvimento do projeto foi possível à integração e compartilhamento de
informações e experiências de brincadeiras vividas pelo grupo que atualmente já
estavam muito vagas em nossas lembranças onde oportunizou exercitar o nosso
espírito crítico e reflexivo sobre a importância de resgatar brincadeiras regionais
como prática pedagógica no processo de ensino-aprendizagem das crianças, bem
como, estimulou o desejo de guardar com carinho este projeto para possível
utilização em nossas práticas educacionais para que tornem nossas aulas mais
dinâmicas e lúdicas. Neste sentido “a autoconsciência é o processo que pode
levar a mudanças, pois pode provocar a reflexão da ação” (REZENDE, 2010, p. 252).
Para
a construção deste webfólio, todas nós integrantes
do grupo demos nossas contribuições de forma a enriquecer este trabalho, onde
foi possível a troca de ideias e reflexão a cerca do mesmo; fizemos pesquisas
em nossos arquivos pessoais, na internet e utilizamos também os materiais
disponibilizados na Disciplina Recreação: jogos e brincadeiras, ou seja,
procuramos vários materiais de apoio que pudesse nos fornecer informações relevantes
para o embasamento teórico a respeito do tema que escolhemos. Por isso
consideramos que atuamos como estudantes investigativos e reflexivos onde
pudemos fazer pesquisas e discutir o desenvolvimento do mesmo. “Práticas essas
que provocaram a curiosidade, a investigação, a sistematização dos
conhecimentos produzidos por uma ação participativa dos sujeitos aprendentes”
(REZENDE, 2010, p. 253).
Como
futuros educadores, consideramos que depois dos conhecimentos construídos
durante o curso de pedagogia da UFOP, das aulas presenciais e dinâmicas
ministradas pela professora Márcias Ambrósio e do desenvolvimento deste projeto
somos capazes de desempenharmos nossas funções com ética e responsabilidade,
através de um olhar inovador sob a prática pedagógica. Contudo, reconhecemos que é necessário
estarmos sempre inovando para não ficarmos presas no tempo e poder acompanhar
as novas mudanças educacionais. “É preciso efetivar para construção de uma nova
prática didática que seja de fato inovadora” (REZENDE, 2010, p. 257)
A
disciplina “Recreação: jogos e brincadeiras” foi de grande valia para nossa
formação a qual proporcionou uma aprendizagem significativa com a utilização das
brincadeiras para educar nossas crianças e o quanto são importantes no
desenvolvimento de várias habilidades necessárias na formação das crianças na
fase escolar. Assim, como estudantes consideramos que ainda precisamos
desenvolver o dom de utilizar as brincadeiras para tornarmos futuros
professores investigativos e reflexivos com aulas brincantes que possam
contagiar nossos alunos com novas formas de ensinar.
Na
finalização do projeto pudemos fazer uma análise crítica em relação ao mesmo o
qual proporcionou reativar nossa memória em relação às brincadeiras regionais e
o quanto elas contribuíram para a nossa formação. Percebemos ainda através
deste trabalho o quanto foi importante às contribuições de cada uma das
integrantes do grupo através da cooperação, troca de ideias e respeito às
ideias que foram surgindo. Houve empenho por parte de todas e muita colaboração
para chegarmos ao resultado esperado e cumprir com o que foi solicitado.
Para
melhor consolidar nossas ideias usamos embasamento teórico o que cooperou muito
na construção do projeto tornando-o enriquecedor e atrativo que poderá contribuir
com válidos ensinamentos.
Na
produção do presente projeto não tivemos problemas ou o que consideramos
desafios, pois devido a todas morar na mesma cidade foi possível os encontros
para troca de ideias. Mesmo assim, uma grande possibilidade que podemos citar é
o uso das tecnologias digitais para troca de informações como ligações, email e
mensagens via celular que colaborou muito na construção do projeto. Portanto, esperamos
que, com nosso projeto os professores poderão ter um novo olhar para a utilização
de brincadeiras em sala de aula, pois o construímos com muito carinho e
dedicação com o intuito de partilhar informações, mostrar como as brincadeiras
proporcionam momentos de trocas e aprendizagens significativas, apresentar
sugestões de brincadeiras, trocas de experiências entre educadores e pessoas
interessadas neste assunto tão relevante para o desenvolvimento cognitivo e
físico das crianças que vem tornando destaque em discursos educacionais. Portanto,
com este trabalho reforçamos a ideia de que somos seres capazes de aprender a
aprender, a fazer, a serem cada vez mais criativos, reflexivos, investigativos
na construção de novos conhecimentos. Fechamos
a nossa avaliação com uma frase citada por Rezende (2010) em sua tese de
doutorado onde diz que “lançou-se uma semente no solo fértil. Agora, resta-nos
dar tempo ao tempo e colher os frutos dessa plantação”.
7. REFERÊNCIAS:
EIXO
Temático: jogos e brincadeiras. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/minicursos/ed_%20fisica_ef/cap_eixoIII.htm.
Acesso em março de 2014.
KISHIMOTO*,
Tizuko Morchida; ONO, Andréia Tiemi**. Brinquedo, gênero e educação na
brinquedoteca. Pro-Posições, v. 19, n. 3 (57) – set/dez. 2008.
REZENDE,
Márcia Ambrósio Rodrigues. A relação pedagógica e a avaliação no espelho do
portfólio: memórias docente e discente.
2010, p. 249-261.
VIEIRA,
Terezinha. As Linguagens e a Construção do Conhecimento¹.
WAJSKOP,
Gisela. O Brincar na Educação Infantil. Cad. Pesq., São Paulo, n.92, p.62-69,
fev. 1995.
SITES
http://www.sempretops.com/diversao/brincadeiras-antigas/
Publicado por Araina Lúcia da Silva
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